Endereço
Rua de Belém, 84 a 92
1300-085
Lisboa
Transportes
- Ônibus (Autocarro): 714, 727, 728, 729 e 751
- Bonde (Elétrico): 15E
- Trem (Comboio): Estação Belém (Linha de Cascais)
- Barco: Estação Fluvial de Belém
Horário de Funcionamento
- Julho a Setembro: 8h às 24h
- Outubro a Junho: 8h às 23h*
* Nos dias 24, 25 e 31 de dezembro e 1 de janeiro, encerra às 19h
Forma de Pagamento
Uma das 7 maravilhas da culinária portuguesa e digna de ser provada, o Pastel de Belém não pode passar despercebido por quem vem para a capital portuguesa.
História
Com o fim da Guerra Civil Portuguesa (1828-34), para que ocorresse a consolidação do Liberalismo em Portugal, o Ministro da Justiça da época decreto a a extinção das ordens religiosas em Portugal. Com o decreto, todos os conventos e mosteiros de Portugal foram fechados. Todo o clero e as pessoas que trabalhavam nesses locais foram expulsos.
Para garantir a sobrevivência, uma dessas pessoas que foram expulsas, começa a fazer os pastéis para venda, que antes eram feitos apenas dentro do mosteiro, e que logo ficou conhecido como “Pastéis de Belém”, uma vez que vendia esses doces nessa região.
Mesmo com a distância que Belém tinha de Lisboa na época, existiam os barcos a vapor que facilitavam o trajeto para que as pessoas visitassem a Torre de Belém e o Mosteiro dos Jerónimos, garantindo assim que a região permanecesse frequentada pelos visitantes, e que por fim adicionaram mais essa atividade a fazer no local: Comer os deliciosos pastéis.
Já em 1837, inaugurou-se o estabelecimento próximo ao antigo local onde vendia-se os pastéis de Belém. Com o passar do tempo, o estabelecimento foi aumentando de tamanho até chegar no que encontramos atualmente.
Receita
Quando perceberam o tamanho do sucesso que os pastéis estava fazendo, a receita foi guardada a “sete chaves”. Desde então até os dias atuais a receita unicamente é divulgada aos mestres pasteleiros dos famosos “Pastéis de Belém” após provarem serem dignos desse conhecimento.
Os mestres, antes de terem acesso à receita, devem fazer um juramento e assinar um termo de responsabilidade da não divulgação da receita. Para que a receita mantenha-se apenas entre os mestres, eles fabricam artesanalmente 1 a 1 dentro da Oficina do Segredo. A receita dos “Pastéis de Belém” utilizada até hoje é a mesma desde a época da abertura da casa e atualmente apenas 6 pessoas que conhecem a receita, sendo que 3 estão na ativa.
Atendimento
Existem algumas formas de atendimento:
- Take away: É a fila que encontrará do lado de fora do estabelecimento. Você poderá fazer o pedido e comer onde desejar. Existem salões na parte interna destinada para quem não deseja o atendimento na mesa.
- No balcão: O cliente deverá fazer o pedido e retirar no balcão. Existem salões na parte interna destinada para quem não deseja o atendimento na mesa.
- Na mesa: O cliente fará e receberá o pedido na mesa. É o tipo de serviço feito com garçons e existe salões exclusivos para esse tipo de atendimento.
Caso esteja com o tempo curto, o recomendado é utilizar o take away ou o atendimento no balcão. No geral, como é um local com um fluxo muito grande de pessoas, o atendimento nas mesas poderá ser muito lento.
Pastéis de Belém x Pastéis de Nata
Apesar de serem muito parecidos, não são a mesma coisa. A história do pastel de nata iniciou-se em Belém e que depois passou a ser o conhecido Pastel de Belém. Como a receita desses pastéis não é divulgada e apenas poucas pessoas tem esse conhecimento, diversos pasteleiros em Portugal começaram a tentar reproduzir a receita mais secreta do mundo. Com isso, os pastéis de nata começou a ser produzido por todo o país e se tornou uma iguaria portuguesa… porém, os pastéis de Belém continuam sendo unicamente e originalmente os que são feitos em Belém.
Qual é melhor? Há controvérsias, afinal, gostos são gostos… o ideal é provar dos dois para decidir por si só.
A receita do Pastel de Belém é segredo, porém a receita do Pastel de Nata existem várias versões. Caso queira se aventurar e tentar fazer, clique aqui para acessar uma dessas receitas.
Curiosidades
- Foi eleito uma das 7 maravilhas da gastronomia em Portugal.
- São vendidos uma média de 21 mil Pastéis de Belém por dia, em aos finais de semana, chega a dobrar a quantidade.
- Existe um provérbio português que diz: “Noiva que come o pastel, não tira o anel”. Não é fora do comum encontrar noivos que vão em busca de um pastel logo após a cerimônia de casamento, não estranhe se encontrar casais que pararam para comer um pastel a caminho da festa.
- Dentro do restaurante, existe uma Torre de Belém em miniatura feita de açúcar de confeiteiro.
Minha Opinião
Eu gosto muito do Pastel de Belém e acho sim que é diferente dos pastéis de nata que encontramos por Portugal. Não costumo utilizar o atendimento pelo garçom na mesa por conta da espera, prefiro o atendimento no balcão ou take away. É uma experiência gastronônica super válida e acredito que todos que visitam Lisboa deveriam experimentar essas delícias.
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